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Cooperativas intensificam olhar para o mercado internacional

12 de agosto de 2021 às 08:43

A pandemia da Covid-19 trouxe grandes desafios para a indústria. E com as cooperativas o cenário não foi diferente. Mesmo com as restrições necessárias, o setor continuou a entregar grandes resultados e a cresces no último ano, ganhando cada vez mais participação. Esse cenário se comprova agora com o lançamento do Anuário Brasileiro do Cooperativismo, publicado pelo Sistema OCB.

Um dos destaques do último período foram as exportações realizadas por cooperativas. Uma grande potência nacional, agora as coops estão voltando o seu olhar para o mercado internacional, atingindo novos territórios e conquistando ainda mais espaço. Para ter um olhar mais aprofundado sobre esse fenômeno, incluindo as características do comércio global no ano passado, confira alguns dos destaques dos estudos divulgados pela OCB, em parceria com a ApexBrasil. Para conferir o estudo completo, basta acessar o link.

Tendência de alta

Um dos objetivos dessa mudança de olhar focado no mercado internacional é, naturalmente, o crescimento das cooperativas. Segundo os dados divulgados, atualmente o crescimento anual do número de cooperativas exportadoras é de cerca de 6,6% ao ano, número que vem estável desde 2016. Neste cenário, em 2020 apenas 6,26% das 4.868 cooperativas brasileiras, realizam algum tipo de exportação. Apesar de representar uma fatia pequena, a cada dia mais unidades estão buscando no mercado internacional a diversificação de vendas e o aumento dos ganhos para seus cooperados.

Desempenho na Era Covid – Pré e Pós

Com as medidas de restrição no último ano, era natural que os mercados vissem uma retração dos números do comércio mundial. Mas como divulgado, os resultados foram bem menores do que se esperava. Após uma queda de –5,3% em 2020, o avanço da vacinação e a queda dos casos trouxeram um sopro de alívio, com um aumento de +8% a partir do segundo semestre de 2021. Atualmente, o mercado projeta uma desaceleração desse número, com um aumento de +4% no ano que vem.

Brasil no comércio global

Apesar de marcar forte presença em vários territórios, o Brasil ainda responde por apenas 1% da movimentação global de exportações e importações. Segundo os dados divulgados pelo estudo, hoje a China lidera as exportações, enquanto o Brasil ocupa a 27ª colocação. Já entre as importações, os Estados Unidos seguem no topo do ranking, com o Brasil ocupando a 29ª posição.

Neste cenário, dados do Ministério da Economia ainda apontam uma redução de -9,6% na corrente de comércio do país, além de uma queda de –8% no comércio de mercadorias. Tais números, resultaram numa queda de –5,4% nas exportações, e de –14,6% nas importações.

Com todos esses números, hoje o Brasil tem sua balança comercial com um superávit de U$36,7 bilhões, no acumulado até junho. Dando sinais de recuperação, as exportações já apresentam uma alta de +35%, enquanto as importações já chegaram a +26,5%, ultrapassando o montante de U$99,2 bilhões.

Cooperativismo internacional

Com a retomada da economia a passos lentos, o cooperativismo brasileiro já começa a dar sinais de um novo momento. Como resultado desse novo olhar focado no mercado internacional, o estudo aponta que em 2020, as cooperativas foram responsáveis por 100% das exportações em 74 municípios brasileiros. Neste cenário, 451 unidades exportadoras, de todos os ramos, realizaram exportações e importações no último período.

Agro que exporta

Sendo um dos principais ramos do cooperativismo brasileiro, o agronegócio tem obtido resultados positivos ano após ano. Como ressaltado pelo estudo, as exportações de produtos agrícolas continuam a representar números altos, com um aumento que supera a casa dos dois dígitos em alguns casos. Dentre os destaques que cresceram em 2020, estão o café cru; o farelo de soja; o frango in natura e a soja, que já somou U$1,3 bilhão em exportações.

Já entre os países que mais recebem os produtos brasileiros, estão a Alemanha, os Países Baixos e a China, que representa o destino de 38,1% das exportações brasileiras. O país se destaca, principalmente, como importador de frango in natura e soja.

Neste contexto, as cooperativas tem visto um aumento de exportações focado em proteínas e açúcar em bruto. Entre esses produtos, o crescimento foi de 76% entre 2016 e 2020.

O futuro das coops exportadoras

Com aposta em novas tecnologias e técnicas cada vez mais sofisticadas, a tendência para os próximos anos é um cooperativismo cada vez mais forte no mercado internacional. Já respondendo por 54% da produção do país, as cooperativas tem mostrado a resiliência necessária para entrar de vez no jogo do comércio global. E neste cenário, os números prometem ser cada vez mais positivos não só para o exterior, mas principalmente para o Brasil.

Fonte: MundoCoop

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