Languiru habilitada para comercialização em todo Estado
21 de fevereiro de 2022 às 08:49
Inaugurado no dia 12 de novembro de 2021, véspera do aniversário de 66 anos da Languiru, o novo Frigorífico de Bovinos da Cooperativa agora também está autorizado a comercializar seus produtos além das fronteiras de Teutônia. A planta industrial recebeu o selo do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (DIPOA), que é o serviço de inspeção do Rio Grande do Sul, permitindo a comercialização de cortes bovinos com osso em todo Estado.
Até então o abatedouro contava apenas com o selo do Serviço de Inspeção Municipal (SIM), que habilitava a comercialização somente dentro da cidade origem, no caso Teutônia, onde está localizado o frigorífico. Após os trâmites burocráticos, iniciados ainda em novembro, o processo passou por inspeção e registro de profissional com formação em medicina veterinária, atestando a procedência segura e permitindo que a Languiru amplie seu mercado de atuação também na carne bovina. O registro ocorreu no dia 11 de fevereiro, com o primeiro abate no dia 17.
A partir de agora a Área Comercial da Cooperativa inicia a prospecção de clientes e comercialização de grandes cortes bovinos. Até esse momento a produção da unidade atendia exclusivamente os quatro Supermercados Languiru instalados em Teutônia. Isso quer dizer que as demais unidades de supermercado da Cooperativa (Poço das Antas, Bom Retiro do Sul, Arroio do Meio, Cruzeiro do Sul, Estrela e Lajeado) também passam a receber a carne de gado com produção própria da Languiru.
Alternativa para os associados
O primeiro abate contou com 42 animais, a maioria da raça Angus, todos provenientes de propriedades rurais de associados da Languiru em Teutônia, Westfália, Cruzeiro do Sul e Arroio do Meio.
“É um momento de alegria para a Languiru, que oportuniza mais uma alternativa produtiva aos seus associados, além da possibilidade de outros produtores virem a se associar e ter acesso a uma série de benefícios do quadro social”, destaca o presidente Dirceu Bayer, que acompanhou in loco o primeiro abate após a obtenção do novo selo.
Ele ressalta que, num primeiro momento, o associado será privilegiado na compra dos animais para o abate. “Dependendo da demanda de mercado, aí sim podemos estender essa compra para outros produtores no Estado. Estamos ingressando num segmento novo para a Cooperativa e a expectativa é muito boa, alcançando a capacidade de abate do Frigorífico de Bovinos muito em breve. É mais um produto que passa a fazer parte do mix com a marca Languiru, aproveitando a mesma força comercial e logística”, avalia, acrescentando que a Languiru é uma das cooperativas mais industrializadas do Estado, agregando valor à matéria-prima produzida no campo, gerando renda, empregos e impostos.
Qualidade
O gerente industrial Mauricio Eidelwein salienta que a partir de agora o foco será no alcance da capacidade plena de produção do Frigorífico de Bovinos, com o abate de 100 animais/dia (atualmente o abate está em cerca de 50 animais/dia para produção de carcaça). “Acreditamos que isso se concretize muito em breve, considerando a demanda de mercado, que regula o abate. A Languiru trabalha com raças específicas para carne, com excelente acabamento de carcaça, bom marmoreio e animais jovens. Durante o processo são respeitados todos os requisitos do bem estar animal, o que também interfere na qualidade do produto final, além de contarmos com uma equipe treinada em boas práticas de fabricação.”
Bovino de corte em substituição à produção leiteira
O associado Valmir Antônio Rauber (65), que também integra o Conselho de Administração da Languiru, teve nove animais da raça Angus nesse primeiro abate com a habilitação do DIPOA. “Sem dúvida é mais uma alternativa produtiva. Trabalho com gado de corte há três anos, depois de sair da produção de leite. Foi uma alternativa para aproveitar as instalações e que não depende de condições climáticas, além de dar menos serviço. Mas é preciso ficar muito atento à sanidade dos animais”, explica, adiantando que fará novo alojamento, desta vez de animais um pouco maiores, o que permitirá a redução do tempo para encaminhamento ao abate.
Com propriedade em Picada Arroio do Meio, município de Arroio do Meio, Rauber é associado da Languiru desde 2010. Antes do ingresso da Cooperativa no segmento da bovinocultura de corte, ele comercializava os animas para outros abatedouros da região. “Estou muito feliz em poder trabalhar também com gado de corte na Languiru”, finaliza. Ele ainda possui produção de suínos e grãos na propriedade.
Fonte: Sistema Ocergs/SescoopRS